Monday, November 24, 2008

Nihil




Mão encarcerada que me cerca
e me envolve como um lustre no chão
decadente e vão... frio
arquétipo de ilusão!

Sangue... esse que te corre nas veias
Explosão!!
Imersa em cadeias de vimes em putrefacção
naufragas sem paixão como ninguém
ninguém.. te pode acudir agora
ninguém te olhará assim
ninguém passará aqui
contigo sozinho sem mim...

Mão... quente e gélida que se queda
no sonho que outrora foi teu...
Mão que se aproxima e quebra
que não pode mais sobreviver sem ti...

O sangue.... esse que se esvai como água pelo cano
O mito... esse que fugiu de ti como diabo encarcerado no céu
O sonho... pesadelo, abismo, explosão...

Não és nada
és tudo o que foste
Não és nada
és apenas a mão que morreu agarrada à vida
essa desnaturada que te tolhe
a cada dia que passa
e grita o teu nome...

Não és nada... mão morta caída nas fontes da esperança
Não és nada... sangue frio escorrendo pelas escadas da ignorância

Não és nada
és apenas a mão que morreu agarrada à vida
essa desnaturada que te tolhe
a cada dia que passa
e grita o teu nome...

No comments: