Tuesday, August 09, 2011

...inhale




...as palavras onde a morte vagueia
nas paredes de vidro da redoma de aço onde te cobriste pedante em fugas de fulgores vazios
vãos de escadas e o azedume da noite cravada no teu peito
enleites de desventura em ilusões enfastiadas de falsas esperanças
rogas agora por um momento teu
nosso de idas passadas em volúptia
impossíveis reviveres de incómodos desafios em frágeis gritos escondidos nas imagens que guardaste no baú das cinzas que foste
foste
num adeus sem demora na demora do tempo que escasseia
nas horas ousas ficar
como o relógio de corda que já parou nas décadas do inverno que se desfez em vapores submersos de escutas insuportáveis
vai
vai-te no desamor das palavras não ditas nos dizeres escritos da saudade que clamavas
vai
escrever mais um conto sem ponto nem história
o fim chega ao era uma vez...
em que três foram dois
ou dois um
e num frente a frente
mil faces pejadas de glória
desconhecidos vagabundos da escória nas linhas em frágeis sentidos

...as palavras onde a morte vagueia


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