Thursday, March 31, 2011

Sílabas soltas


...o tempo passa em notas soltas
destaca-se pelo picotado rasgado
renegando-se ao legado
de se deixar tocar
em lágrimas ocas

...o tempo esvoaça
nas penas tóxicas
do ar claustrofóbico
da cela encardida
prisão de alma
onde soluçam as mortes na loucura

...o negro que te cobre
gela as palavras
que proferes em sobressalto...

...foste o passado em paixão
que jaz na campa vampiresca do renegado.

Thursday, March 24, 2011

In/out(side)


...amar-te dói demais
quando te trago dentro de mim
na ausência da palavra
em hipnóticas notas de Jazz
ecoam nas ruas pejadas de gente na solidão de um abraço
encantamento cortante
psicose absorta do pensamento


...amar-te dói demais
quando caem fragmentos do meu peito
pelo chão espezinhados em sombras
sangrando

...faces desfiguradas
sem cor
sem luz
sem eco
sem calor
trespassam-me e cantam
notas de amor
que sei de cor

...quando amar-te dói demais
no silêncio dos sonhos desfeitos.

Wednesday, March 23, 2011

Empty(hole)


Can’t sleep when in the night’s dream you appear and I lose
hope and sadness in my mind
you try to take me has you can
push the soul and weep the body
close my eyes and struggle in your unfair war

suspiros em ecos
palavras soltas em melodias
negro rarefeito insensível ao toque
agulhas que penetram na alma que sobrevoa
sem asas
caiem no abismo as sílabas que soltámos
em partículas desfeitas pelo sentimento
de estar quando não estás
de ficar
pegadas suspensas
lágrimas em sangue
folhas cortantes escritas com o suor dos infames
cinzas no tempo
um sopro
de morte
a vida faz-se em frágil queda
decadente desliza na rampa dos escombros
nas ruínas do pensamento
onde te refizeste do susto
de seres tu no espelho
imagem reflectida
na sombra que já não reflecte
ausência das luzes do palco onde as cortinas de negro veludo encerram as dúvidas

reality above freedom
your eyes turning
in closest fears
tears no more endless tears in ur daysmile
fail again…

...?


                 Detritos de meteoros explodem na minha mente aberta perante a tua presença ausente memórias de tempos em que estávamos lado a lado partilhando sonhos e lembranças do inferno da liberdade ofuscada pela realidade castradora utopias acreditámos confiámos no rumo traçado numa folha branca amarrotada que esvoaçou nas nossas mãos qual pena de fénix reencontrada. Fomos a lembrança do hoje que construímos somos a realidade do ontem que sentimos e amanhã o que seremos nós?

Tuesday, March 22, 2011

(un)maskerade

...taking off the mask a feeling with no felling eyes caught up in wisdom simple words don't matter climb the walls of unfair changing the way you used to lie
                  hide the cold bloody floor in ur pockets
                                  runaway so you can stay everywhere...

Saturday, March 19, 2011

Ilusion(ality)


 Numa palavra desfaço o riso
da dor que me consumia
quando queria e não te ouvia
a murmurar o sem sentido
de sermos os dois dicotomia
um sentimento
desembaraço rarefeito
como o ar que respiro
sem ter folego no meu peito...

E o longe faz-se perto
na ausência da paixão
quando de ti me despeço
na verdade de uma ilusão

Consumida pelos escombros
da histórica decadente sina
colho os frutos putrefactos
ensanguentados
a gemerem em vão...


Unchained like the ocean
the spirits are so high
lost my memory
buried the soul
and now...

...now i cry

...come

Can you please come home
to the darkest change
                  of lonelyness
Can you please take me home
by your hand of emptiness...

Angels crying
             in solitude
missing the daylight
             of wisdom

Breaking the news
            unbreakable
losing the truth
            of love

Can i please take you
Can i?
Please be with you...

Wednesday, March 02, 2011

...we





Solitude in whispers
Tears fall down my eyes
Darkest feelings of despair
Breathing through the veins of unfair
Can u take my hand
Leading anger to love
Can u take my breath
Rediscovering silence instead…
                                   sadness

...dream again

Mistify the whole reason

Caught up in wisdom

Self distracted by your weakness

Love unchained broken glass

Whispers cloudy feelings

Blinking eyes in pain

Self distortion in flames

Lack of self ambition destroyed

In a single touch

Distance so far

Like scars suffering open windows freezing the claim

Listen the scream of silence

He is there arms wide open

Dream again…