Friday, April 12, 2013

SemLei



Cúmplices de silêncios
gritam nas esquinas insanidades em eco
faltam-me as forças
e a razão
anímicas estacas cravadas no peito
despeito
lack of wisdom
desrespeito
flaws crawling inside
colina abaixo
acima medem-se palmos da demora
becos incertos ecos em alerta
perto ao longe
longes que se tocam
abismos
portas a cadeado
arrombadas
no negro
e o negro a esquecer emoções
derrubam esperanças repostas

...as janelas chiam neste espaço feito quatro paredes ocas
recantos de desencantos
onde sombras tilintam
cercam-me como pirilampos a arder na chama do vácuo
vidas vividas
vívidas
como poeira a levantar o vento
tempestades de quereres
ilusões
folmaldeídos explodem
átomos
desfeitos rarefeitos no ar que respiras
desata
tropeça de pés descalços
filho varão que ousaste ser

Manchado está o pano
da voz que te lava o rosto
e o corpo tombado
geme
a morrer cadências
súbitos esgares de demências
prazeres inalcançados
no topo caem omissões
maldições pendentes de frestas abertas
entra o frio
gelas
na descoberta de ti

perdeste
perdeste-te
uma vez
e outra
à vez
na pernoita dos sentidos
julgaste doces melaços ao acordar
em olhares que se queimam
queimam resquícios de mim

...à beira da estrada
há uma flor desabitada.

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