Monday, August 10, 2015

.o segundo em que páras.




.o segundo em que páras
é aquele
em que escutas
te escutas
a contemplar templários
de ti
terraços de imensidão vã
cheios de tudo
tudo em nada
o ar
cheio
abstém inspira
o O e o dois
a ser um e O
gira
tudo e nada
vão de nada
vão
suspiros que se devoram devagar
e no ar partículas de ti
tu suspensão
colhem-te as cores
arco-iris de ti
tu suspensão
são
tudo
largos espectros
de ti a ser
mas
mas há um segundo em que páras
para
o ontem e o amanhã
páginas utópicas que viras
2 e dois
rascunhos do belo
corres
pára só
pára só um
só um segundo
o O e dois
um e tu
tudo jamais nada
partículas de ti
espectros de histórias que não se contam
o segundo em que
para ti
pára em ti
é aquele em que escutas

escuta
um rascunho
corre de ti
em ti
ontens e amanhãs
shiuu
pára
tudo jamais nada
suspiros que se devoram
demoram
como farófias
moldes tendenciosos e vulneráveis
e contas
contas noves fora
um
século de mar corre em ti
a parar
pressas
escuta
o silêncio
tu e tu dois noves fora
um
sussurro
milénios de paixões
contam histórias da carochinha
a quem passa
fica
mas escuta
só uma vez
as palavras bastam-se
bastam-nos
aqui
por aí neste espaço feito rua de betão longínquo
nós
tudo é
o segundo
rascunhos
um
a beleza que se inspira
no segundo em que para
páras
tudo é
o segundo em que páras
é aquele
sim este e o outro
é
aquele em que te
tu és.